PNC – Nota prévia: bioimpedância elétrica e gasto energético de repouso em portadores de hepatite c crônica em programa de tratamento com alfapeginterferona e ribavirina

Nota prévia: bioimpedância elétrica e gasto energético de repouso em portadores de hepatite c crônica em programa de tratamento com alfapeginterferona e ribavirina

FIORAVANTE, M; MARIN, DM; ALEGRE, SM; MOREIRA, MCGD; SEVÁ-PEREIRA, T, LORENA, SLS; SOARES, EC.

Instituição: Gastrocentro. Departamento de Clínica Médica/ Faculdade de Ciências Médicas – UNICAMP.

Email: mi_fioravante@yahoo.com.br

Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é um grave problema de saúde pública mundial. A perda de peso dos pacientes tratados com alfapeginterferona 2a/2b e ribavirina tem sido descrita em 11% a 29% dos casos. Objetivos: Avaliar o gasto energético de repouso, o estado nutricional e o consumo alimentar em pacientes com hepatite C crônica, previamente ao tratamento. Material e Métodos: Foram avaliados indivíduos portadores do HCV encaminhados ao ambulatório de hepatites virais. O gasto energético de repouso (GER) foi mensurado por calorimetria indireta e o consumo alimentar por recordatório alimentar de 24 horas. A avaliação do estado nutricional incluiu antropometria, composição corporal (bioimpedância elétrica) e avaliação global subjetiva. Os dados bioquímicos foram aproveitados do prontuário médico. Para análise estatística foram realizados cálculos de média e desvio padrão e os grupos (feminino/masculino) foram comparados pelo teste de Mann-Whitney, adotando p≤0,05. Resultados: Foram avaliados 12 pacientes, 3 do sexo feminino e 9 do sexo masculino. A média de idade foi de 46,2 ± 10,5 anos. O GER foi maior nos homens (1405,11 ± 368,6 vs. 898,7 ± 147,5 Kcal/dia; p=0,02) assim como a massa magra corporal total (58,9 ± 10,2 vs. 40,4 ± 6,4 kg; p=0,03), o IMC (27,0 ± 4,19 vs. 20,8 ± 0,6 kg/m2; p=0,05) e o consumo alimentar (2443,6 ± 998,9 vs. 1442 ± 161,6 Kcal; p=0,05). Os grupos não diferiram quanto à idade, porcentagem de gordura corporal, circunferência abdominal e coeficiente respiratório. Segundo avaliação global subjetiva todos os pacientes foram classificados como bem nutridos. Os valores de albumina e contagem total de linfócitos não diferiram entre os grupos, sendo as médias, 4,6 ± 0,38 e 2044,2 ± 535,6, respectivamente. Conclusão: Nesta fase de estudo (pré-tratamento) os pacientes de hepatite C não apresentaram alterações de gasto energético e composição corporal relacionados à infecção.