Pode ser feito nas alergias com reações imediatas, que são mediadas por IgE, através de testes como os de punctura cutânea (prick test) e do RAST (teste imuno-enzimático para alérgeno específico), embora os testes falsos positivos sejam comuns. Por este motivo, é importante o diagnóstico precoce durante o 1o ano de vida, quando as reações falso positivas são menos freqüentes que nas crianças maiores.
Nas reações intermediárias que desenvolvem-se algumas horas após ingestão de pequenas quantidades de leite, também predominantemente IgE mediadas, podem-se efetuar os mesmos testes descritos.
As reações tardias são mediadas principalmente através da imunidade celular e da IgE, ocorrendo dias após a ingestão do leite de vaca. Nesta situação, o diagnóstico laboratorial pode ser difícil, mesmo utilizando-se testes como os de contato (patch test).
Outro teste utilizado, porém de certa complexidade na sua execução, é o da eliminação do antígeno e a realização dos denominados testes duplo cegos de provocação, que consistem em alimentar a criança com fórmula placebo (dieta elementar) e introduzir, segundo protocolo pré-estabelecido, pequenas quantidades de leite de vaca ou de antígeno purificado. Este teste, dependendo da gravidade do caso, deverá ser feito em ambiente hospitalar 16;18 (Tabela 4).
Tabela 4- Manifestações clínico-laboratoriais da alergia à proteína do leite de vaca (Hill, 1996)
Tempo de reação |
· Imediato |
· Intermediário |
· Tardio |
Volume de leite de vaca |
Pequena quantidade |
Moderada quantidade |
Grande quantidade |
Pele |
Urticária Rash morbiliforme |
__________ |
Eczema |
Intestino |
Vômitos |
Vômitos e/ou diarréia |
Diarréia |
Respiratório |
Sibilos |
__________ |
__________ |
Diagnóstico |
Eosinófilos, IgE, “RAST” |
Eosinófilos, IgE, “RAST” |
Teste de contato (“PATCH”) |
Teste de provocação |