Diagnóstico da Síndrome Metabólica
Isabela Cardoso Pimentel
Nutricionista clínica, especialista em Nutrição em Cardiologia pela SOCESP
Pós graduanda em Distúrbios Metabólicos e Risco Cardiovascular pelo Centro de Extensão Universitária – CEU
Nutricionista Clínica do Hospital do Coração – Hcor São Paulo (SP)
Atualmente estima-se que a prevalência da Síndrome Metabólica seja de 24% da população adulta e entre 50 a 60% na população acima de 50 anos, nos Estados Unidos18. Projeções avaliam que somente nesse país, no ano 2010 existirão 50 a 75 milhões ou mais de americanos com manifestação da Síndrome. Deve-se notar que a Síndrome Metabólica, como a maioria das síndromes, apresenta vários elementos e nem todos precisam estar expressos em todos os indivíduos17.
A definição da prevalência da Síndrome Metabólica, porém, depende em grande parte do critério utilizado para sua identificação. Também são esperadas diferenças relacionadas com sexo, idade, estilo de vida e etnia. Estudo epidemiológicos confirmam a ocorrência freqüente em ampla variedade de grupos étnicos incluindo caucasianos, afro- americanos, méxico- americanos, indianos asiáticos, chineses, aborígenas australianos, polinesianos e micronesianos 19.
Não existe internacionalmente um único critério para definição da Síndrome Metabólica. Os principais critérios diagnósticos atualmente são os propostos pela Organização Mundial de Saúde14 (OMS - tabela 2), pelo Grupo Latino- Americano da Oficina Internacional de Informação em Lípides20 (ILIB A - tabela 3) e pelo Programa Nacional de Educação em Colesterol (NCEP) que apresentou a terceira revisão das diretrizes para diagnóstico e controle das dislipidemias o Adults Treatment Painel 21 (ATP III - tabela 4). O critério utilizado pela OMS, cujos elementos envolvidos não necessariamente implicam em uma inter- relação causal, é sugerido como uma definição de trabalho. É relevante salientar que nesse critério, a obesidade, considerada previamente como um complicador da Síndrome, aparece como elemento essencial no seu diagnóstico, bem como a microalbuminúria. A perda renal de proteínas, além de evidenciar prejuízo na função renal, associa-se positivamente com o risco cardiovascular, principalmente em diabéticos tipo II. A presença de microalbuminúria em diabéticos aumenta 2 vezes o risco cardiovascular. O critério sugerido pela ILIB A também considera a obesidade (IMC³30 Kg/m2) como elemento diagnóstico entre outros fatores.
No critério ATP III, a Síndrome é definida com base em fatores de risco. A obesidade também é considerada no diagnóstico, porém utiliza-se a medida de circunferência abdominal em substituição ao valor de IMC.
A presença concomitante da hipertensão arterial, intolerância à glicose diminuída e dislipidemia caracterizada por triglicérides (TG) altos e HDL- c baixo nos três critérios justifica-se considerando que a concentração plasmática de glicose em jejum é a variável com o melhor valor preditivo positivo de Síndrome Metabólica, sendo que os valores entre 110 a 126 mg/dl estão altamente associados a resistência á insulina/ hiperinsulinemia. Em contrapartida, a hiperinsulinemia, uma medida de avaliação da resistência à insulina, prediz o desenvolvimento de hipertensão arterial22,23.
A dislipidemia caracterizada pelo aumento de TG e diminuição da fração HDL- c é um elemento diagnóstico com grande associação à resistência à insulina. Reaven24 examinou a relação entre a taxa de concentração de TG/ HDL-c e uma medida específica de captação de glicose mediada por insulina em 400 voluntários saudáveis e encontrou um coeficiente de correlação (r = 0,6) quase idêntico ao que existe entre a resistência à insulina e insulinemia de jejum.
A associação entre os fatores relacionados à Sindrome Metabólica estão esquematizados na figura 1
Figura 1 – Inter-relação dos componentes da Síndrome Metabólica.
Tabela 2: Critério diagnóstico da Síndrome Metabólica sugerido pela OMS14
OMS | ||
Diagnóstico de SM na presença de intolerância a glicose, tolerância a glicose diminuída, diabetes melitus e/ou resistência à insulina mais dois ou mais outros componentes listados a seguir: | Componentes | Definição |
Hipertensão Arterial | ³140/90 mgHg | |
Triglicérides alto e/ ou HDL-c baixo | ³150mg/dl <35mg/dl para homens; <39mg/dl para mulheres | |
Obesidade central e IMC elevado | relação cintura-quadril: >0,90 para homens e >0,85 para mulheres ³30Kg/m2 | |
Microalbuminúria | excreção ³ 15µg/min ou relação albumina/creatinina na urina ³30mg/g |
Tabela 3: Critério diagnóstico da Síndrome Metabólica sugerido pela ILIB A20
ILIB A | |||
Diagnóstico de SM quando forem obtidos três ou mais pontos de acordo com a pontuação listada a seguir: | Componentes | Definição | Pontuação |
Regulação alterada da glicemia ou diabetes | Glicemia de jejum ³ 110mg/dl e/ ou ³140mg/dl após 2h de sobrecarga oral de glicose | 2 | |
Hipertensão arterial (excluindo-se os pacientes com nefropatia diabética clínica) | ³130/85 mgHg | 1 | |
Triglicérides altos | ³150mg/dl | 1 | |
HDL-c baixo | < 40mg/dl em homens e < 50mg/dl em mulheres | 1 | |
Obesidade abdominal e IMC alto | Relação cintura- quadril: >90 em homens e >0,85 em mulheres IMC ³30Kg/m2 | 1 |
Tabela 4: Critério diagnóstico da Síndrome Metabólica sugerido pela ATP III 21
ATP III | ||
Diagnóstico da Síndrome Metabólica na presença de três ou mais dos fatores de risco descritos a seguir: | Componentes | Definição |
Hiperglicemia de jejum | ³110mg/dl | |
Obesidade abdominal | Circunferência da cintura: > 102 cm (40 polegadas) em homens e > 88 cm (35 polegadas) em mulheres | |
Triglicérides altos | ³ 150mg/dl | |
HDL-c baixo | < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres | |
Hipertensão arterial | ³ 130/85 mmHg |
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